28 de abril de 2009

Por que cachorros abanam o rabo?

É muito comum ouvir dizer que se um cachorro está abanando o rabo não há nada com o que se preocupar porque ele está feliz e amigável. Bem, isso nem sempre é verdade.

Cachorros abanam o rabo porque estão em conflito. Eles querem ficar e sair de perto ao mesmo tempo. Eles estão felizes e nervosos ou apreensivos. Estão curiosos e com medo.

Para podermos entender como isso ocorre, vamos ver alguns exemplos observados no encontro de cachorros com cachorros e de cachorros com humanos.

Quando filhotinhos estão mamando na mãe e começam a abanar o rabo como loucos, o conflito de sentimentos reside no fato de que eles querem (e precisam) ficar grudados a teta da mãe e ao mesmo tempo estão muito próximos dos irmãos, que sendo "competidores" no acesso ao alimento lhes causa medo.

Fome x Medo = Rabo Abanando.

Quando um cachorro avista outro cachorro e fica excitado, ele começa a abanar o rabo. O conflito está na curiosidade em investigar o outro e a apreensão por uma possível agressividade. Reparem que quando um cachorro é mais submisso, seu abanar de rabo será feito com movimentos largos e o rabo em si não estará totalmente em pé. Quanto maior o medo do cachorro, mais baixo ele manterá seu rabo. Ao contrário, cachorros agressivos abanam seus rabos em movimentos curtos e rápidos, quase parados e totalmente eretos.

Quando um cachorro abana o rabo pela volta de seu dono ao lar, novamente ele demonstra um conflito entre a alegria e excitamento em rever o dono e uma pontinha de apreensão já que eles nos vêm como os líderes do grupo, do qual a sobrevivência deles depende.

Outro aspecto no fato dos cachorros abanarem o rabo é a mensagem olfativa que eles estão enviando. Os cachorros possuem glândulas anais que são capazes de emanar odores muitas vezes imperceptíveis aos nossos narizes, mas sem dúvida nenhuma bastante significante para os cachorros e seus mecanismos de comunicação. Um abanar de rabo na posição ereta irá aumentar de forma dramática a liberação destes odores, exatamente como fazem os cachorros que são confiantes.


19 de abril de 2009

Tutores agressivos geram animais agressivos

Donos agressivos geram bichos agressivos. Essa é a conclusão de um estudo feito recentemente pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que acompanhou 140 cães com problemas de comportamento. Ao investigar a origem da agressividade animal por meio de entrevistas com os donos, os pesquisadores descobriram que a maioria dos bichos havia sido "educada" com gritos, chutes, espancamento ou brincadeiras hostis, como tomar à forca objetos da boca. A meta do estudo é mostrar os efeitos comportamentais e os riscos dos treinamentos baseados em punição."Fazer com que o bicho sinta medo pode levá-lo a direcionar a agressão contra o dono", afirma a veterinária Meghan Herron, que coordenou a pesquisa.

Fonte: Revista Cláudia


(minha opinião)

Já se sabe que os amigos caninos agem por imitação, e dentre as várias classificações de agressividade existe a chamada: Agressividade por Imitação, ou seja, um cão direcionando o ato violento imposto a ele para outro ser vivo. Por exemplo, uma pessoa que sempre "educou" um Rottweiler com violência desde de novinho, e essa pessoa tem filhos ou pessoas idosas na casa, um dia esse animal direciona toda a agressividade que recebeu na sua "pseudo-educação" para um filho do educador violento. E o cão machuca gravemente essa criança, inclusive o levando a falecer posteriormente devido a gravidade dos ferimentos. Culpa do cão?

6 de abril de 2009

Apesar de mais belos, cães estão ficando cada vez menos inteligentes

A seleção de animais com base na beleza estão substituindo aqueles feitos com base na inteligência. O resultado são cães cada vez mais bonitos e menos inteligentes


Vítima da beleza


A busca por animais cada vez mais belos fez com que o collie de pelo curto perdesse parte de sua habilidades de cão pastor.

A busca por cachorros cada vez mais bonitos pode estar deixando as raças menos inteligentes, afirma um estudo realizado pela Universidade de Estocolmo, na Suécia.

Liderados pelo biólogo Kenth Svartberg, os pesquisadores notaram que a preferência por cachorros com uma bela pelagem em detrimento daqueles mais espertos provocou uma mudança em diversas raças em apenas poucas gerações.

“As tendências de cruzamento modernas estão afetando o comportamento, as habilidades mentais e a estrutura física das raças de pedigree”, afirma Svartberg.

O cientista explica que, no século 19, o cruzamento era feito entre os cães com mais força e inteligência. Eram animais criados para proteger os seus lares e serem capazes de caçar presas nos quintais e nas fazendas.

Hoje em dia, os cruzamentos das chamadas raças puras prezam principalmente pela docilidade e pelo visual. O uso dos cães também mudou: antes treinados para guardar o lar, hoje eles são criados para exibições em shows ou para viver calmos dentro de casas e apartamentos.

O resultado, segundo os pesquisadores, são cachorros com deficiência de atenção e menos capazes de responder a comandos. Para chegar a essa conclusão, a equipe de Svartberg avaliou características como sociabilidade e curiosidade de aproximadamente 13 mil cães de 31 raças diferentes.

A tendência pode ser observada na popularidade das pequenas raças, como os chiuauas e yorkshires. Como são cachorros pequenos, podem ser carregados como se fossem bolsas e mais se parecem assessórios de moda do que bichos de estimação.

Outra percepção é de que a aparência atraente dos animais está ligada frequentemente à introversão e à personalidade apagada. “Os genes por trás da beleza podem também estar ligados àqueles que fazem o cão ser medroso”, afirma o sueco.

De todas as raças estudadas, as que mais sofreram com a seleção baseada na beleza foram os collie de pelo curto, que são cães pastores, e os Rhodesian ridgebacks, raça sul-africana pouco conhecida no Brasil, que eram usados em caçadas há 100 anos atrás.


Fonte: Revista Época